8 de jun. de 2002

Favoritas, Argentina e França estão em situação difícil


RIO - Apontadas pela maioria como as grandes favoritas ao título da Copa do Mundo 2002, as seleções de Argentina e França chegam à última rodada de seus grupos tendo de vencer para chegar às oitavas-de-final. E a maior decepção, sem sombra de dúvida, ficou por conta dos franceses.

A seleção dirigida por Roger Lemerre chegou à Coréia do Sul, sua sede na primeira fase, não apenas com a banca de atual campeã mundial. Os títulos da Eurocopa, em 2000, e da Copa das Confederações, em 2001, credenciavam a França como favorita absoluta ao primeiro lugar do Grupo A, que conta também com Uruguai, Dinamarca e Senegal.

Sem sua maior estrela - Zidane, que sofreu uma lesão muscular na coxa esquerda às vésperas da estréia - a França foi surpreendida na partida de abertura do Mundial, perdendo por 1 a 0 para os senegaleses. Roberto Carlos, lateral-esquerdo da seleção brasileira, resumiu bem o resultado, criticando o atacante Trezeguet: 'ele perdia gols e ficava rindo, como se pudessem virar o jogo quando quisessem'.

Ainda sem Zidane, os franceses entraram em campo para enfrentar os uruguaios confiantes que a derrota na estréia tinha sido um acidente de percurso. Se não fosse pela expulsão de Henry aos 25 minutos do primeiro tempo, poderiam ter chegado à vitória diante de uma medrosa Celeste. O empate sem gols deixou a seleção em situação complicada.

Com apenas um ponto e ocupando o último lugar na chave, perdendo no saldo de gols para os uruguaios (-1 contra 0), a França tem de vencer a Dinamarca por uma diferença de pelo menos dois gols para continuar sonhando com o bicampeonato. Os dinamarqueses, por sua vez, precisam apenas de um empate. As duas equipes se enfrentam na próxima terça-feira, às 3h30m (de Brasília), e os jogadores franceses rezam pela volta de Zidane.

Dona de uma excelente campanha nas Eliminatórias Sul-Americanas - terminando 12 pontos à frente do Equador, segundo colocado - a Argentina é considerada por muitos como a melhor seleção, com jogadores do nível de Verón, Batistuta, Ortega, Simeone, Sorín, Claudio López e Killy González, entre outros. Na partida de estréia, o bom futebol apresentado pela equipe na vitória por 1 a 0 sobre a Nigéria fez com que todos esquecessem até mesmo a não convocação de Riquelme, a maior revelação do futebol argentino nos últimos anos.

No entanto, com a derrota por 1 a 0 para a Inglaterra, deve ter feito com que muitos torcedores tenham voltado a criticar o treinador Marcelo Bielsa, que preteriu o craque do Boca Juniors. Fazendo parte do 'grupo da morte', o Grupo F, ao lado ainda de Nigéria e Suécia, os argentinos chegar à terceira rodada na mesma situação que os franceses, ou seja, precisando única e exclusivamente da vitória.

Na próxima quarta-feira, às 3h30m (de Brasília), os argentinos vão a campo enfrentar a líder Suécia, que tem os mesmos quatro pontos da Inglaterra e joga por um empate. Será a partida que decidirá a última vaga do grupo, ao menos teoricamente, já que os ingleses têm um caminho bem mais tranqüilo: enfrentam a eliminada Nigéria mo mesmo dia e horário.

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